Mas isto não dá dinheiro para ninguém, só para quem ganhou com a venda dos lotes.
Então criam uma Associação de Moradores, com um objeto social lindo demais em seus CNPJs, Artes e Espetáculos e Defesa de Minorias, agora sim já começa a aparecer o dinheiro que faltava, afinal com este CNPJ são isentos de tributos!
Mas ainda não está bom, então vão até a municipalidade, e dizem que desejam cuidar daquele espaço público que está dentro do loteamento, afinal o poder público se diz incompetente para fazer tudo com o que arrecada de IPTU.
Conseguem via Decreto Municipal, aquilo tudo que está dentro do loteamento, e que antes tinha um dono, o povo.
Mas não para por ai, buscam, fuçam , até encontrar chafurdando na lama, uma administradora de "condomínios", disposta á ajuda-los em seu intento inicial, ganhar dinheiro com tudo isso.
Nascem então os Reis, Rainhas, e a especulação imobiliária, pois tudo o que está dentro daquele pequeno espaço conseguido por eles, e que antes era público, dizem agora valorizar a propriedade de cada um ali, e quem não paga suas abusivas taxas, acaba perdendo sua casa, que irá a um leilão, destes bem obscuros e parecendo um laranjal, e é arrematado por valores ínfimos, que depois irão crescer e crescer,mais e mais.
Agora a pergunta: Se os imóveis dentro destes famigerados bolsões residenciais valorizaram tanto, a ponto de seu dono até perder sua casa através do excremento juridico do " enriquecimento sem causa", por que não valem tanto na hora dos leilões?
Qual a defesa de minorias a que se referem estes modernos feudais, se são minorias que não conseguem pagar suas abusivas taxas?
Qual arte e espetáculo eles enxergam nisso?
Por que as prefeituras então não valorizam igualmente todos os imoveis dentro de seu perímetro, e que pagam tributos, que se não pagos, também irão se tornar Enriquecimento sem causa?
Por que muitos se calam e permitem isso?
Por que o judiciário não cumpre o disposto na Constituição Federal, Lei suprema de um país nessa hora?
Por que a Secretaria da Receita Federal permite CNPJs de fachada, que nada contribuem para o país?
Qual o limite do Poder Municipal, que pode tirar de muitos para favorecer poucos?
E muitas outras questões podem ser levantadas, e devemos levantar, pois só assim poderemos entender o final desta triste estória.
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